Vereadores são-joseenses aprovam mais recursos para a área da Saúde
Secretário Giovani de Souza, esteve na Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos sobre as políticas de saúde do município em sua gestão
Na tarde desta quinta-feira, 05, atendendo solicitação dos vereadores são-joseense, o secretário Municipal da Saúde, Giovani de Souza, participou da sessão ordinária do Poder Legislativo para falar sobre os problemas existentes na área da saúde do município e de como serão aplicados os recursos destinados a sua pasta, que estão sendo aprovados por aquela Casa de Leis. A Câmara Municipal já aprovou a liberação de R$ 2.589.920,65, durante a sessão dessa terça-feira, 03, solicitados através de projetos de Lei, encaminhados pela Prefeitura Municipal, que pediam abertura de Créditos Adicionais Especial no Orçamento Geral do Município.
A área da saúde tem sido um assunto bastante polêmico e discutido com freqüência pelos membros do Legislativo, bem como os problemas que se referem ao Hospital e Maternidade São José. Na oportunidade o secretário de saúde do município explanou o trabalho que vem desenvolvendo. “Ao assumir, em primeiro lugar, procurei fazer um diagnóstico completo do sistema de saúde do município, visando estabelecer uma política pública de saúde, o que São José dos Pinhais não tinha. Hoje, temos o levantamento de todas as Unidades de Saúde no que diz respeito a sua estrutura física, equipamentos e números de funcionários, bem como das suas maiores deficiências e necessidades, além da demanda”, acrescentou.
Ainda, segundo ele, com a realização desse levantamento, por exemplo, ficou constatado que dos 180 médicos do quadro funcional da saúde pública, 75 atuam em especialidades médicas, quando o ideal seria o maior número no atendimento básico (médicos generalistas – é preparado para atuar nas áreas básicas da saúde: Cirurgia, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva). “A intenção da administração municipal é dar maior estrutura para os postos de saúde dos bairros para atendimento básico e nos com maior população, como Guatupê, Borda do Campo, Afonso Pena e São Marcos, que formariam distritos, seriam criados, além dos postos de saúde, Centros de Especialidades Médicas”. O secretário da Saúde também informou, que obras de reestruturação já estão sendo realizadas em alguns bairros e no Hospital Municipal Atílio Talamini, principalmente para atender as áreas de pediatria e obstetrícia.
Com relação ao Hospital e Maternidade São José, do qual é interventor, Giovani de Souza disse que sua primeira ação foi determinar uma auditoria contábil fiscal e administrativa operacional. Em cima desses levantamentos é que estão sendo tomadas as iniciativas, como a viabilização da construção de um novo Centro Cirúrgico, aumento no número de leitos e reformas no antigo pronto socorro, além da compra de equipamentos e contratação de um novo corpo clínico. “Com tudo isto, aquela unidade de saúde será referência no atendimento de traumas” frisou.
Questionado pelos vereadores, principalmente pelo fato da falta de recursos, no ano anterior, para investimentos no Hospital e Maternidade São José, por parte do Poder Executivo, o Secretário esclareceu que, no inicio deste ano, houve uma maior arrecadação, não prevista no Orçamento Geral do Município, e o prefeito Leopoldo Meyer decidiu investir mais na área da Saúde. Outro ponto, com relação ao não repasse em 2007, foi a falta da apresentação de plano de trabalho pelos então interventores. Outras indagações, por parte dos membros do legislativo foram quanto a falta de médicos nos Postos de Saúde, de remédios e exames. Em resposta o representante da pasta da Saúde reafirmou que está havendo uma reestruturação nos serviços prestados, com o objetivo de diminuir esses problemas.
Os vereadores Jairo Melo e professor Walder Mulbak foram os mais duros nas suas críticas. Os vereadores Carlos de Castro, Carlos Machado, Marcos da Vidofer e José Vieira disseram que acreditam na capacidade do Secretário da Saúde e esperam que as soluções sejam alcançadas o mais rápido possível.
Jornalista Nara Moreira – 06/06/2008