Mobilização de Estudantes impede aterro da nascente do Rio Arujá
Com o apoio dos poderes Legislativo e Executivo vereadores mirins do Colégio Estadual Barro Preto fazem ato público em defesa do Rio Arujá
O plantio de árvores, leitura de poesia, canto e discursos fizeram parte do ato público, organizado pela Câmara Mirim do Colégio Estadual Barro Preto, em defesa do Rio Arujá, realizado nesta quinta-feira (25). A mobilização dos jovens estudantes, que contou com a presença de autoridades da Câmara Municipal, Poder Executivo, Secretaria Estadual de Educação, professores, alunos e da comunidade local, foi feita junto a uma das nascentes daquele rio, que estava sendo aterrada.
A iniciativa dos jovens vereadores mirins, apoiada pelo diretor da Escola, Lacides Freitas de Castro, foi amplamente aplaudida pelos vereadores prof. Walder Mulbak, Tarcisio Klettemberg, Jairo Melo e Carlos de Castro, que estiveram participando do evento, além dos representantes dos vereadores Assis Manoel Pereira e Auro Luis. “A atitude desses estudantes deve servir de exemplo para toda a comunidade são-joseense, pois a existência dessa nascente no futuro, vai se dever a eles, que lutaram para que esse crime ecológico não fosse concretizado. A defesa do nosso Meio Ambiente depende de todos”, concluíram os vereadores.
Os vereadores mirins e demais alunos do Colégio Estadual Barro Preto estão empenhados em salvar o Rio Arujá. Para isto já desenvolveram várias ações nesse sentido, entre elas a mobilização da comunidade e a confecção de um abaixo-assinado, com mais de quinhentas assinaturas pedindo a conservação daquele Rio. Estas iniciativas já deram resultados positivos, como o encaminhamento, através da mesa diretiva da Câmara Municipal, de indicação ao poder Executivo solicitando providências a respeito da preservação da nascente e do rio Arujá, documento este que, junto com denuncias da comunidade e do abaixo-assinado, contribuiu para o embargo do aterro que vinha sendo realizado.
Durante o ato público o secretário Municipal de Meio Ambiente, José Tadeu Motta, esclareceu que aquela Secretaria já tomou as devidas providências, inclusive denunciando junto aos órgãos competentes a ação criminosa. “A obra já sofreu embargo e o proprietário do terreno já foi notificado e multado. E nós, do Poder Executivo, já começamos a tomar as medidas necessárias para desapropriar a área e indenizar o dono do local”, acrescentou.
Ainda, durante a ocasião, os alunos fizeram a entrega de documentos às autoridades presentes sugerindo uma série de medidas visando a continuidade dos trabalhos em prol da preservação do Rio Arujá, além de várias reivindicações referentes ao local onde está a nascente do Rio. Eles pedem que na área seja construída uma praça, com equipamentos urbanos de lazer e quiosques, bem como um chafariz utilizando a água da nascente.
Também estiveram prestigiando o acontecimento a representante do Núcleo Regional da Educação – Área Metropolitana Sul, prof. Maria Zenilda Frederige, a Coordenadora do Programa Vereador Mirim do referido Colégio, prof. Cristiane Mari de Oliveira Ferreira e o Coordenador do Programa Vereador Mirim do Legislativo são-joseense, Luiz Carlos Marques, juntamente com sua equipe de trabalho.
O ato público foi encerrado com o plantio de árvores pelos alunos e demais autoridades presentes. Segundo os vereadores mirins, Vinicios, Emerson, Jean, Kharolina, Jesiele, Karine, Maicon e Franciele, este trabalho, de lutar pela preservação do Rio Arujá, não terminou com o evento realizado, outras ações estão sendo elaboradas pelo jovens estudantes e membros da comunidade.
Jornalista Nara Moreira – 25/10/2007