Funcionários Públicos e sindicalistas movimentam sessão da Câmara Municipal

SINSEP e SIEMACO, sindicatos dos servidores públicos e dos que trabalham com coleta de lixo, fazem uso da Tribuna Livre para apresentar suas reivindicações e indignações, respectivamente.
  Antecedendo os trabalhos legislativos desta terça-feira, 07, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São José dos Pinhais – SINSEP, Nelson Castanho, fez uso da Tribuna Livre para apresentar as reivindicações da categoria para os membros da Câmara de Vereadores, ocasião em que falou também da necessidade de se evoluir no processo democrático no município, através da democracia participativa.

 
  Entre as principais reivindicações, com relação aos servidores públicos, está o reajuste salarial em 18%, o aumento do vale alimentação para R$ 10,00 ao dia, a revisão do Plano de Cargos e Salários e do Estatuto do Servidor.
  Também, na Tribuna Livre, a representante do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba–SIEMACO, Amélia Rodrigues registrou fatos ocorridos entre membros da entidade, trabalhadores e funcionários da empresa Wambass, que faz a colete de lixo em São José dos Pinhais.
 

 
  Segundo ela, representantes do sindicato foram brutalmente agredidos em frente da empresa Wambass, na manhã dessa terça-feira (07), quando organizavam uma manifestação dos empregados pela falta de pagamento, redução de salários e falta de equipamentos adequados. “Funcionários da empresa usaram pedras, paus e faca para intimidar e agredir os trabalhadores e sindicalistas”, acrescentou.

 
  

Estes assuntos agendaram a pauta de discussões dos vereadores são-joseenses durante a sessão legislativa.  O presidente da Câmara Municipal, vereador professor Assis Manoel Pereira (PSDB) disse que concorda com as reivindicações dos funcionários públicos, mas quanto ao aumento salarial, “primeiramente tem que se ver o impacto financeiro e também não cabe aos vereadores alterarem o índice encaminhado pelo Poder Executivo”. A respeito do corrido com os membros do SIEMACO, ele lamente o que houve, mas ações fogem da alçada do Legislativo. “A nós cabe repudiar todo e qualquer tipo de violência e esperamos que a Prefeitura Municipal intermedeie esse impasse, a favor dos trabalhadores”. 
 

 
  Também os vereadores Carlos Machado (PSDB), Ailton Fenemê (PSDB), Onildo dos Santos (PT), Toninho da Anderson (PP), Imar Augusto (PSB), Joel Almeida (PSDB), Zé Vieira (PTB), Carlos de Castro (DEM), Walder Mulbak (DEM), Bira do Banco (PT) e as vereadoras Lucia Stoco (DEM) e Mari Temperasso (PSDB), fizeram uso da palavra e ressaltaram a importância dos servidores públicos e consideram as reivindicações justas.
 

 
  Os vereadores Imar Augusto, Carlos de Castro e a vereadora Lucia Stoco fizeram questão de esclarecer também que os membros do legislativo não podem modificar o percentual concedido pelo poder executivo, a eles só resta aprovarem ou não, pois, por impositivo legal,  não podem aumentar despesas para o município.
 

O SIEMACO também contou com a solidariedade dos vereadores, sendo que os vereadores Carlos Machado e Joel Almeida foram mais incisivos e disseram ser uma vergonha para o município de São José dos Pinhais o fato ocorrido e que a Wambass precisa ser fiscalizada, pois há denuncias contra ela em outras localidades do País.
 
 
  

APAE
 

 
  Outro assunto, bastante discutido durante a sessão dessa terça-feira, foi levantado pelo vereador Carlos Machado e diz respeito a APAE. Desde o início do ano, alunos especiais da área rural, estão sem transporte para freqüentarem as aulas, sem tratamento neurológico e odontológico. Para o vereador isto é um desrespeito e falta de consideração com essas crianças. “A área rural só é lembrada em época de campanha, depois fica esquecida”, lamentou Carlos.

 
  

Os vereadores Zé Vieira e Joel de Almeida informaram que o problema correu por falta de documentação formal entre a prefeitura e a APAE, mas que já tinha sido providenciado, estando em estudos junto ao poder executivo.
 

 
                                                     Jornalista Nara Moreira – 08/04/2009
 

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