Diretores de escolas municipais exigem extinção da avaliação semestral

Educadores manifestaram-se em diálogo com os vereadores

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Durante a manhã desta terça-feira (21), a Câmara Municipal sediou debate entre vereadores e diretores de várias escolas municipais de São José dos Pinhais. O objetivo principal do diálogo foi a discussão do Projeto de Lei nº 210/2010 encaminhado pelo Poder Executivo.
 
Segundo o Projeto, as ações do diretor ou diretor auxiliar de uma unidade municipal de ensino serão avaliadas pelos servidores da própria unidade e pelos pais ou responsáveis dos alunos. A média para aprovação seria 7,0 (sete), sendo duas avaliações anuais.
 

Cerca de cem diretores, diretores auxiliares e demais educadores, contrários ao método proposto para realização da avaliação, compareceram a Câmara Municipal para pedir aos vereadores que votem contra as sugestões propostas pelo Executivo. Pois, de acordo com esses profissionais, a atual forma de avaliação é punitiva e controversa.
 
 Conforme Marli Patrícia Mikrute, representante dos diretores de escolas municipais do município, a Secretaria de Educação comprometeu-se, em reunião, a baixar a média da avaliação para 6,0 (seis) e aumentar o prazo para o cumprimento de metas. Porém, segundo ela, o acordo não foi cumprido e o Projeto foi encaminhado direto ao Legislativo, sem passar, ao menos, pelo Conselho Municipal de Educação. 
 
“A atual forma de avaliação é punitiva e injusta, pois não considera as condições de trabalho dos diretores. Precisamos de critérios claros e objetivos que avaliem não só os diretores como também as políticas públicas do município”, concluiu Marli.
 
Para o vereador professor Walder Mulbak (DEM), presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara, o diálogo deve continuar até que a questão seja resolvida. “Estamos conversando com o Prefeito para resolver este impasse. A Comissão vai fazer emendas no Projeto para que a avaliação seja suprimida” afirmou Walder. Ainda, segundo o vereador, as mudanças serão votadas na sessão da próxima quinta-feira (23) e incorporadas ao Projeto, que será novamente encaminhado ao Executivo para sanção ou veto.
 
Os vereadores Toninho da Anderson (PP), Bira do Banco (PT), Onildo (PT) e  Aílton Fenemê (PSDB) também fizeram uso da palavra no encontro para apoiar a classe. “Vejo no meu próprio bairro (São Marcos) as precariedades das escolas. Por exemplo, na Escola Municipal Eugênia Talamini algumas aulas são ministradas no salão paroquial da igreja do bairro por falta de espaço e condições adequadas. Dessa forma é difícil avaliar o trabalho dos diretores que muitas vezes não tem condições de atender aos alunos apropriadamente”, relatou Onildo.
 
Ao final da reunião o presidente do Legislativo, vereador Professor Assis Manoel Pereira (PSDB), agradeceu a presença dos diretores e os parabenizou pela iniciativa de discutir com os vereadores o Projeto de Lei. “As conquistas da democracia, como por exemplo este espaço de diálogo, devem ser cada vez mais aperfeiçoadas, pois, quem vivencia os processos tem todo direito de declarar suas opiniões”, finalizou.

 width=Marli Mikrute, representante dos diretores de escolas municipais, expôs os argumentos da classe que é contra o método de avaliação proposto.
 
 
Renata Teixeira Gomes
Assessoria de Imprensa 21/09/2010

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