CPI das imobiliárias retorna às atividades

Comissão reuniu-se nessa terça-feira (03)

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            A CPI das imobiliárias voltou a reunir-se, na manhã dessa terça-feira (03) para dar continuidade às suas atividades. A Comissão, presidida pelo vereador Luiz Paulo e composta pelos vereadores Professor Abelino, Alberto Setnarsky, Tadeu Camargo e Gilberto Melo, investiga fatos relativos a conflitos entre moradores que adquiriram lotes e imobiliárias. Também colaboram para os trabalhos líderes comunitários e advogados do Legislativo.

            De acordo com Fernando Curi, advogado, os trabalhos foram divididos em quatro fases: Instalação e escolha dos membros; requisição de documentos e visitas; análise de documentos, avaliação de possível perícia e depoimentos e elaboração de relatório conclusivo. “Estamos encerrando a segunda fase e solicitando os últimos documentos necessários. Em alguns dias daremos início à análise das informações”, explicou o vereador Luiz Paulo.

            Estima-se que há, no município, cerca de quatro mil processos relacionados à habitação. Muitos deles devem-se ao fato de a cidade ter crescido demasiadamente desde meados da década de 1990, quando grandes montadoras de veículos instalaram-se na região, o que gerou alta da especulação imobiliária. “Das cerca de 300 tentativas de conciliação entre imobiliárias e mutuários apenas 10 foram concluídas, pois, os valores cobrados são absurdos e os moradores não têm condições de pagar”, disse Cícero Alves dos Santos, líder comunitário.

            Segundo mutuários, os terrenos eram comprados por um valor e o contrato apresentava taxas de juros abusivas e ilegais. Na ânsia de livrarem-se de aluguéis, muitas pessoas que não tinham conhecimento a respeito do assunto adquiriram os lotes. Após não conseguirem mais arcar com as dívidas, as famílias entraram na justiça pedindo a revisão dos contratos e, segundo elas, foram enganadas por advogados que prometiam ganhar as causas em menos de três anos. No entanto, isso não ocorreu e vários moradores foram despejados ou sofrem com processos intermináveis.

Renata Teixeira Gomes
Assessoria de Imprensa 04.02.2015

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