Mulheres compartilham vivências em oficina na Câmara Municipal

Estudo praticado com trabalhadoras da Câmara. Foto: CMSJP/Divulgação

As mulheres trabalhadoras da Câmara Municipal de São José dos Pinhais estão participando voluntariamente do “Ateliê Biográfico”. O estudo é uma experiência de “escrevivências”, na qual elas compartilham as suas experiências de vida através da escrita. A idealizadora desse trabalho é a estagiária Ariane Aparecida Buhrer Greboge, assistente social e mestranda Políticas Públicas e Direitos Humanos na PUCPR.

Ariane explica que o objetivo é que as mulheres encontrem um processo emancipatório. “É que tenham a compressão do processo de violência objetiva e subjetiva nos quais estão inseridas no dia a dia”, explica. “Muitos pensam que a violência contra a mulher está apenas nas cinco tipologias da Lei Maria da Penha, mas o fenômeno é muito mais amplo e profundo”, complementa.

Com as oficinas, espera-se que as mulheres ressignifiquem as suas experiências e que isso contribua com a sua emancipação. Os encontros acontecem nas dependências da Casa, entre eles, o jardim externo.

Presença

Uma das participantes dos encontros é a diretora do Departamento de Recursos Humanos da Câmara Municipal, Regiane Zanchetta Chrisoste. Ela explica o que a razão pela qual decidiu participar: “Minha motivação é  poder compartilhar experiências para fortalecer as mulheres”, revela, “é uma experiência inovadora, pois,  através da escrita, conseguimos  enxergar os nossos problemas de uma maneira mais clara, facilitando o entendimento da causa e a busca para a solução”, acredita Regiane.

As oficinas

Seis encontros compõem o projeto, desenvolvido com as nove mulheres participantes. A ideia, segundo Ariane, é que o material dos encontros esteja apto a auxiliar na criação de um projeto de lei, que poderá ser aplicado nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.

Além disso, será disponibilizado um e-book com as histórias de vivências das voluntárias, porém, mantendo o anonimato dos relatos das experiências pessoais. “É bom que as demais pessoas da Câmara saibam que existem histórias de vida ali dentro, muitas vezes, não se percebe que convivemos com pessoas que possuem dores”, finaliza Ariane.

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